Sistema eletrônico de acompanhamento de aula prática é apresentado ao DETRAN-SE
Foi apresentado ao Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN-SE) o sistema eletrônico de acompanhamento de aulas práticas e exames de direção veicular de candidatos à primeira habilitação. O objetivo é trazer mais transparência ao processo de avaliação dos condutores permissionários pela autarquia, bem como um maior acompanhamento das aulas de direção de veículo por parte dos Centros de Formação de Condutores (CFC). O DETRAN-SE vai analisar a possibilidade de implementação do equipamento nos carros de exame no Estado. A demonstração aconteceu na última sexta-feira, dia 23, na sede da autarquia.
O sistema instalado no veículo é composto por um tablet com leitor biométrico e câmera fotográfica, uma unidade móvel de dados interligados aos comandos do veículo (embreagem, acionamento de setas, marcha à ré e freio) e duas câmeras de videomonitoramento. Segundo Samuel Teixeira, gerente comercial do Grupo Criar, responsável pelo equipamento, a ferramenta visa coletar as informações de tudo que acontece dentro do veículo. “Com o monitoramento da telemetria, ficam registradas todas as ações, o que possibilita garantir ao aluno, instrutor, CFC e ao DETRAN-SE que todas as instruções estão sendo dadas corretamente.”, explica.


Para a gerente de Habilitação do DETRAN-SE, Elizangela dos Santos, o dispositivo é uma opção para trazer maior segurança e controle para o acompanhamento dos candidatos. “Estamos analisando esse sistema para ver se é viável a implantação em Sergipe. Entretanto, percebe-se que oferece segurança ao candidato e ao próprio DETRAN, pois monitora a aula por completo, mostrando o instrutor dando aula e tudo o que ocorre nela, além de assegurar a identificação do aluno com imagem e biometria”, avalia.

Em Sergipe, os CFCs alegam estar na expectativa para a implementação desse sistema. “A telemetria já vem sendo visada há muito tempo, porque priorizaria a padronização do modelo de ensino [preparação de planos de aula e sequência pedagógica] e dos preços das aulas. Isso contribuiria efetivamente para o processo de formação dos condutores. Em alguns Estados já é aplicada e tem dado certo. É uma forma de alinhar os CFCs e qualificar ainda mais os candidatos. Quem sai ganhando é a sociedade”, revela José Alberto dos Santos, presidente do sindicato dos proprietários de Centros de Formação de Condutores.
